Dados do Trabalho

Título

COMPARAÇAO DA PERMEABILIDADE TUBARIA ENTRE OS METODOS DE HISTEROSSALPINGOGRAFIA E HISTEROSSONOSSALPINGOGRAFIA

Objetivos

Avaliar a concordância em relação à permeabilidade tubária em pacientes submetidas à histerossalpingografia (HSG) e à histerossonossalpingografia (HyCoSy).

Método

Realizado estudo observacional transversal em 78 pacientes inférteis que realizaram HyCoSy  no período de dezembro de 2020 a março de 2023. Foram incluídas as pacientes inférteis e que realizaram HSG.

Resultados

Das 78 pacientes submetidas à HyCoSy, 18 apresentavam critérios de inclusão. Das 18 pacientes, 9 apresentavam obstrução em pelo menos uma das trompas uterinas, em um exame (50%). No total das 36 trompas uterinas, foram evidenciadas 7 trompas uterinas não permeáveis pela HSG e 9 pela HyCoSy. Houve concordância em 77,8% (28/36)  no quesito permeabilidade. Em 3 pacientes a HyCoSy evidenciou que uma trompa uterina anteriormente identificada como obstruída na HSG apresentava-se permeável. Em 2 casos a HSG demonstrou permeabilidade bilateral, enquanto na HyCoSy houve passagem do contraste apenas unilateralmente. Em uma paciente em que a HSG identificou obstrução à direita, na HyCoSy foi evidenciado cottè negativo bilateralmente. Em uma paciente em que a HSG estava normal, na HyCoSy houve cottè negativo bilateralmente. A HSG não identificou nenhuma alteração em cavidade uterina, enquanto a HyCoSy identificou uma sinéquia.

Conclusões

O estudo sugere prevalência de 50% do fator tubário nas pacientes inférteis. O nível de concordância para permeabilidade tubária foi alto. A contratilidade cornual, a injeção insuficiente de contraste e/ou refluxo, são apontados pela literatura como possíveis causas de diagnóstico errôneo de obstrução tubária e não devem ser esquecidos durante a realização do exame.