Dados do Trabalho

Título

O GRAU DA EXPANSAO EMBRIONARIA PODE INTERFERIR NA TAXA DE IMPLANTAÇAO, GESTAÇAO E NASCIDOS VIVOS?

Objetivos

Avaliar a relação entre grau de expansão de embriões euploides após o descongelamento e seu potencial de implantação.

Método

Estudo retrospectivo que abrangeu 303 ciclos de transferência de embrião congelado, único, euploide e top quality; entre 2019 e 2021. Utilizou-se preparo endometrial artificial para todos os casos. Os embriões foram descongelados e mantidos por no mínimo 3 horas em meio Blastocyst® (COOK, Australia). Foram divididos em três grupos de acordo com a morfologia no congelamento e na transferência: grupo 1 - blastocistos com grau de expansão 3, 4 ou 5 que mantiveram a classificação; grupo 2 - blastocistos com grau 3, 4 ou 5 que expandiram para grau 6 (hatched) e grupo 3 - blastocistos grau 6, que permaneceram com a mesma classificação. Analisou-se os dados através do teste qui-quadrado quanto às taxas de implantação, gestação clínica, aborto e nascidos vivos.

Resultados

Dos 303 ciclos, 264 pertenciam ao grupo 1, 21 ao grupo 2 e 18 ao grupo 3.  O 1 apresentou maiores taxas de implantação (50,2% vs 16,7%, p=0,006), gestação clínica (64,3% vs 22,2%, p<0,0001), e nascidos vivos (47,9% vs 16,7%, p=0,010) quando comparadas ao 3. Não houve diferença significativa entre os três grupos quanto as taxas de abortamento.

Conclusões

O estudo demonstrou que transferir embriões grau 3, 4 ou 5 resultam em probabilidades maiores de desfecho positivo do que embriões grau 6, afetando as taxas de gestação, implantação e nascidos vivos, sugerindo que a presença da zona pelúcida no congelamento e transferência possa oferecer maior proteção comparado ao embrião hatched.