Dados do Trabalho


Título

TECNICA DE PROCESSAMENTO SEMINAL E TAXA DE FORMAÇAO DE BLASTOCISTO

Objetivos

Testar se existe associação entre o tipo de processamento seminal e a taxa de formação de blastocistos.

Método

Trata-se de um estudo transversal, realizado com casais que passaram por tratamento de reprodução humana assistida na Clínica Fertilizar (Joinville/SC) entre janeiro/2022 a fevereiro/2023. Foram incluídos casais em que as mulheres tiveram pelo menos um oócito fertilizado e que a origem do sêmen fosse fresca (ejaculado) e próprio. A técnica de fertilização utilizada foi ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). Os tipos de processamento seminal incluídos foram: sperm-wash, swim-up, gradiente descontínuo de densidade e microfluídica (Zymot®). Foram adotados como pontos de corte para taxa de formação de blastocisto os valores de <60% e ≥60%, seguindo o valor de benchmark do Consenso de Vienna. O teste de Exato de Fisher foi aplicado, com nível de significância adotado de 5%. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), v. 22.

Resultados

Foram incluídos 76 casais, com média de idade 36 e 38 anos para mulheres e homens, respectivamente. O preparo seminal por microfluídica (placa Zymot®) foi mais prevalente (81,3%) no grupo de pacientes que tiveram taxa de formação de blastocisto superior a 60%, em comparação as outras técnicas de preparo seminal, como sperm-wash (41,2%), swim-up (42,1%) e gradiente (42,9%) (p=0,046). 

Conclusões

Houve associação do tipo de preparo seminal com a taxa de formação de blastocisto, sendo que a utilização da técnica de microfluídica (placa Zymot®) foi mais prevalente em casais com taxas mais elevadas de formação de blastocistos.

Área

Reprodução assistida

Instituições

Fertilizar Centro Catarinense de Reprodução Humana - Santa Catarina - Brasil

Autores

CAROLINE KROLL, KAMILA NAIARA CYPRIANO, SALOMÃO NASSIF SFEIR FILHO