Dados do Trabalho

Título

FATOR DE INFERTILIDADE FEMININA COMO PROGNOSTICO PARA QUALIDADE MORFOLOGICA OOCITARIA: AVALIAÇAO DE 2655 OOCITOS

Objetivos

Objetivou-se comparar a incidência de oócitos morfologicamente normais, com uma alteração morfológica e com duas ou mais alterações entre os fatores femininos de infertilidade.

Método

Esse estudo de caráter retrospectivo e observacional incluiu 298 pacientes com idade entre 24 e 47 anos, com fator de infertilidade exclusivamente feminino, submetidas à Fertilização in vitro entre 2014 e 2020. Foram incluídas pacientes que obtiveram ao menos 1 oócito recuperado e excluídos os ciclos de FIV com fator masculino associado e mais de um fator de infertilidade feminino associado. Os 2655 oócitos foram agrupados quanto ao fator: Anatômico (n= 458); Endócrino (n=373); Endometriose (n=394); Insuficiência ovariana (n=810) e Inexplicado (n=620). E quanto à morfologia, sendo: Normal (ausência de alterações morfológicas); com 1 alteração morfológica; e com duas ou mais alterações, podendo ser intra ou extracitoplasmáticas. As porcentagens foram comparadas pelo teste estatístico Z para duas proporções, adotando p<0,05. 

Resultados

Para o fator anatômico houve maior proporção de oócitos normais (70.1%) e menor proporção de oócitos com duas alterações ou mais (2.8%) quando comparado aos demais fatores de infertilidade (endócrino: 61.7% e 7.5%; endometriose: 60.1% e 7.4%; insuficiência ovariana: 61.8% e 7.2%; e inexplicado: 62.9% e 6.8%, respectivamente; p<0,05). 

Conclusões

Com base nos resultados, podemos inferir que a presença do fator exclusivamente anatômico não incide em maior proporção sobre a qualidade morfológica oocitária enquanto que, os demais fatores de infertilidade avaliados afetam diminuindo a porcentagem de oócitos normais e aumentando a porcentagem de oócitos com duas alterações ou mais.