Dados do Trabalho

Título

Perfil epidemiológico da endometriose no Brasil

Introdução

Estima-se que 1 mulher brasileira tenha endometriose a cada 10, muitas vezes sem saber. A doença, caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, pode causar inflamações, fibroses, aderências e patologias neoplásicas. Os sintomas incluem dor pélvica crônica, cólicas menstruais intensas, dor durante a relação sexual, infertilidade e problemas intestinais e urinários, afetando a qualidade de vida física, social, psíquica e financeira das mulheres.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico da endometriose no Brasil nos últimos 10 anos.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional, cuja amostra foi obtida a partir da morbidade hospitalar por local de internação, referente a endometriose no Brasil no período de abril/2014 a abril/2024. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).

Resultados

De acordo com os dados obtidos, constatou-se que o total de casos de endometriose apresenta maior incidência na região Sudeste, com 52.184, correspondendo a 42,7% dos casos no Brasil. Em seguida, vêm as regiões Nordeste com 31.803 casos (26,1%), Sul com 21.863 (17,9%), Centro-Oeste com 8.680 (7,1%) e Norte com 7.541 (6,2%). O ano com maior incidência foi 2023, registrando um total de 15.934 casos, sendo a região Sudeste a mais afetada, com 7.201 casos, representando 45,2%, e a região Norte a menos afetada, com 1.139 casos. Em relação à raça, destacam-se as mulheres pardas e brancas, com 49.472 e 45.181 casos, respectivamentev

Conclusões

Construir um perfil epidemiológico da doença é essencial para implementar campanhas de conscientização, estratégias de diagnóstico precoce, tratamento eficaz e melhorar o acesso aos serviços de saúde em todo o país, reduzindo os impactos da endometriose e melhorando a qualidade de vida das mulheres.

Referências Bibliográficas

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