Dados do Trabalho

Título

PARTO EXTRA-HOSPITALAR NAO PLANEJADO

Objetivos

Avaliar as características demográficas de mulheres que tiveram PEH e comparar com aquelas que tiveram parto hospitalar (PH) e, assim, inferir sobre alertas para prevenção do PEH.

Métodos

Estudo observacional descritivo, com grupo de comparação (PEH x PH), que avaliou, através de dados fornecidos pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e análise direta de prontuários, características demográficas e os resultados obtidos em ambos os grupos, numa maternidade pública na cidade de São Paulo. Na análise estatística, calculou-se o Odds Ratio (OR) para ocorrência de PEH para cada variável, utilizando o pacote EpiInfo 7.2.

Resultados

Foram avaliados dados de 21.494 prontuários, equivalentes ao período de 2018 a 2022, sendo 21.210 relativos a PH e 284 a PEH, com prevalência deste último de 1,3%. As variáveis que mostraram significância estatística (p<0,001) para o PEH foram, em valores decrescentes: não realização de pré-natal (OR = 17,30), uso de drogas ilícitas (OR = 11,02), natimorto (OR = 4,53), três ou menos consultas de pré-natal (OR = 3,82), recém-nascido (RN) extremo baixo peso (OR = 3,79), ser boliviana (OR = 3,22), ser estrangeira (OR = 2,64), RN baixo peso (OR = 2,34), parto prematuro (OR = 1,98), evasão hospitalar (OR = 1,90) e transferência para UTI Materna (OR = 1,58). Outras características, como faixa etária, estado civil, paridade, permanência em alojamento conjunto, morbimortalidade neonatal, não mostraram diferenças significativas entre os grupos.

Conclusões

Os resultados permitem concluir que, apesar de infrequentes em nosso meio, os PEHs merecem atenção especial, pois, nesta pesquisa, ocorreram mais em população com características demográficas definidas e aumentaram o risco de morbidade materna e natimortalidade.

Referências Bibliográficas

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